terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Where's the deluxe version?

Não escrevo sobre um filme há imenso tempo. Em parte porque não tenho acompanhado as novidades e porque do que tenho visto quando são bons são velhos e quando são novos são uma desilusão e não merecem o esforço destes dedos sobre as teclas. Mas como entre as coisas que sei se encontra a data da cerimónia dos Oscares decidi dar mais uma oportunidade a Hollywood e amiguinhos e ver uns quantos que me foram sendo aconselhados e outros tantos que escolhi por mim, sozinho e com uma autonomia de fazer inveja ao sistema nervoso do Stephen Hawking. A outra razão prende-se com o facto de uma força estranha e munida de uma esponja extremamente eficaz ter ressequido o meu humor verborreico de tal forma que agora tem estrias e faz eco. Parece um cofre do Sporting ou a cabeça da Luciana Abreu ou a Luciana Abreu dentro dum cofre do Sporting a escolher o nome da próxima filha. Nestes últimos tempos não tenho passado de um velho rezingão que não gosta de nada, diz mal de tudo e detesta pessoas e que bebe demasiado tendo em conta a altura do ano. Um velho rezingão preso no corpo de um rapazinho esbelto e cuidado, de porte interessante, modesto e que não gosta de nada, diz mal de tudo e detesta pessoas e vão-se mas é foder que vocês não prestam para nada, só aqui andam a ocupar espaço. Ou é isto ou então estou a desenvolver uma ligeira bipolaridade, o que é improvável até porque isso é doença de maluquinhos e se há coisa que eu detesto são doentes mentais. Sujam tudo com a baba e nunca estão penteados, credo. Não, eu se tiver uma doença hei-de manter o meu risco ao lado e há-de ser algo em grande, em bom, de homem rijo, que dê para tratar com whiskey e me faça cuspir sangue enquanto falo grosso e bafejo um charuto. Mas voltando aos filmes, hoje escrevo sobre aquele que para mim é já o primeiro flop dos nomeados deste ano (com apenas uma nomeação para os efeitos sonoros) – Drive. O filme conta a história simples de um tipo que é bom condutor, tem um blusão todo estiloso e quer comer a vizinha mas depois de ver que não consegue decide ajudar o marido cadastrado da rapariga. O acto de generosidade corre mal e a certa altura lá tem ele de fazer umas coisas que implicam conduzir (obviamente), ler mensagens num telemóvel que não lhe pertence ou martelar a mão de um careca de fato de treino. O filme tem uma estética porreirinha e umas cenas de violência impecáveis, quanto a mim apenas superadas pela banda sonora, e um rol de actores bastante apreciável com excepção de um, mas a esse já lá vamos. Logo de início com o lettering lilás pensei que me tinha enganado e que ia ver um mau filme dos anos 80 mas passada hora e meia a sensação que ficou foi a de ter assistido a um filme medíocre da década actual que poderia ser muito melhor. Boa parte dessa impressão prende-se com o desempenho do actor principal, Ryan Gosling, que no filme faz de mecânico (e duplo de cinema em part-time) mas sem o aspecto sujo e labrego dos mecânicos. Até aqui tudo bem uma vez que se trata de um filme e não de uma oficina na Brandoa e o próprio Gosling quando não está a trabalhar também não tem aspecto de actor; nem aspecto nem jeito. O adjectivo inexpressivo não é suficiente para comentar a presença do artista. Vocês podem vir com as pedras todas na mão que quiserem e dizer “ah, mas a personagem é mesmo assim, não percebes nada”, que em resposta eu posso cuspir para o chão e dizer asneiras enquanto vos viro as costas, este tipo de liberdade ainda não foi vendida pelo PSD e não há nada como terminar uma discussão com uma cuspidela arrogante. Ryan Gosling, que enquanto personagem principal até tem umas luvas catitas e um carro que sozinho conseguiria mais gajas que um estalar de dedos do Cristiano Ronaldo, passa o filme com a mesma cara que o Kim Jong-Il fez quando soube que estava morto. Isto para mim arruinou o filme, uma coisa é a personagem ser calma, estranha, usar poucas expressões faciais e ter poucas falas, outra coisa é o actor que a representa parecer apenas mais um trabalho do Sr. Chuck Testa (sim, eu conheço a internet). O resto do filme está giro, os outros actores não desiludem, o ritmo é bom, as cores também e a cena no motel merece especial destaque porque apesar de simples está muito bem feita. Só achei estranho que aquela luz a entrar no quarto e o vermelho demasiado bonito do sangue me tenha lembrado o início de um dia de Verão, uma vez que os meus verões não costumam implicar varas de cortinados partidas e sangue na cara. Eu gosto de me divertir durante a época balnear mas não exageremos. O gajo que fazia de pai em Malcom in the Middle também está porreirinho mas é só isso, como ainda não vi Breaking Bad não faço parte dos que tentam convencer meio mundo de que ele é o melhor actor do universo a protagonizar a melhor série da história. A banda sonora é que está mesmo boa com especial destaque para a participação dos Desire, College e Kavinsky, que apesar de ser francês e de todas as músicas parecerem retiradas duma cassete perdida pelo tablier do KITT, assenta que nem uma luva neste filme. É de lamentar que o realizador Nicolas Refn não tenha escolhido outro actor, depois da trilogia dos Pusher, de Bronson e de Valhalla Rising tenho pena por não usar palavras mais simpáticas para este Drive mas a verdade é que o actor de cabelo platinado estragou a festa que este filme podia ter sido. Ah, e neste vou estragar-vos o final: o gajo não morre no fim. Essa história é com o Heath Ledger e não foi bem num filme.

Bom: A banda sonora; as cenas com sangue e carros a alta velocidade; as luvas da personagem principal; a cena em que aparece um mafioso a comer comida chinesa num restaurante italiano que pertence a um judeu, se dúvidas haviam quanto à globalização esta cena desfê-las.

Mau: Ryan Gosling, Ryan Gosling e Ryan Gosling.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eat the meek

O Correio da Manhã noticia que um rapaz em Inglaterra não come nada há dezoito anos. Fernando Mendes, pressionado pelas autoridades britânicas, finalmente confessa que há dezoito anos que come por dois.

World up my ass

O Cláudio Ramos pode não ir com a cara de muita gente mas com o cu é com quem calhar.

This golden wedding of sorrow

No Elefante Azul limpam-se carros, no Elefante Branco limpam-se casamentos.

My soul is sick

Há quem meta os dedos na boca para vomitar, a mim basta-me ouvir dubstep.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Lil' ghetto boy

O Ricardo Quaresma foi assaltado em Chelas. Há duas coisas que acho estranhas: a primeira é que já nem os ciganos escapam aos roubos naquela zona, a segunda é o Quaresma não ter reconhecido os assaltantes das festas de família.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

We're not helping

O Correio da Manhã noticia que uma tal de Cátia, ex-concorrente da Casa dos Segredos, vai ajudar um menino com paralisia cerebral. Eu gostava de saber quem é que a ajuda a ela.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Stokin' the neighbors

Morar nos Açores é mais ou menos como ser vizinho da Elsa Raposo, a diferença é que nos Açores as vacas fazem "mu".

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Voluntary confinement

O conceito de ceia está para África como a heterossexualidade está para a ilha Terceira.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Violenza domestica II

O Paco Bandeira pode não bater muito bem da cabeça mas bate muito bem na família.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Violenza domestica

Em 1980 Paco Bandeira lançou um álbum chamado "Malhas, malhões e outras canções". Esta semana ficou-se a saber que a única parte desse álbum que não é sobre a mulher e a filha são as outras canções.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Of mind and matter

Um bom exercício para controlar o vómito e a vontade de rir ao mesmo tempo é imaginar a Teresa Guilherme nua.

The answer is still no

O Cláudio Ramos quando vai à farmácia comprar clisteres faz sempre a mesma pergunta que a Margarida Martins quando compra roupa: "não tem maior?"

Total life forever

Dizem que o mundo termina este ano mas eu duvido. Se o Manoel de Oliveira vai estrear outro filme é porque sabe alguma coisa que nós não sabemos.