terça-feira, 31 de maio de 2011

Nobody listens

Uma pergunta para as pessoas que ouvem André Sardet: fazem-no porque gostam realmente ou por falta de amor-próprio?

(se a terceira hipótese for "porque tenho uma arma apontada à cabeça" pisquem os olhos duas vezes)

Sunday suit

A vida é cheia de pequenas surpresas. Menos para o Fernando Mendes que tem sempre de pedir para as alargar.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A clear line

Tal como a Califórnia, também o cabelo do Paulo Portas é atravessado por uma grande falha.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Treat me rough

Comi um presunto com 9 meses de cura. Também já comi uma gaja com cancro mas não chegou aos 7.

Truth in the age of lies

O cabelo do Donald Trump é como um menor a comprar álcool e tabaco: toda a gente vê e comenta mas ninguém faz nada.

Television fission

Eu não acho que seja preciso ter um grande intelecto para se ser um bom profissional mas, foda-se, podiam ter sido um bocado mais exigentes com a Cristina Ferreira.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Forgotten children

A diferença entre um pianista e um puto irlandês é que o pianista pode tocar num orgão de igreja, enquanto o puto irlandês é tocado pelos orgãos da igreja.

Watch your mouth

Eu compreendo que os pretos não comam azeitonas. Também gosto de conseguir ver o que estou a fazer.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Those who tell the truth shall die, those who tell the truth shall live forever

Tentaram fazer um filme sobre a vida do Manoel de Oliveira mas já existe um com o nome História Interminável. Depois tentaram fazer outro sobre a vida sexual do Cláudio Ramos mas o título Uma Verdade Inconveniente também já foi utilizado.

Old school recess

A diferença entre um miúdo dos dias de hoje e o Manoel de Oliveira é que o miúdo faz uns testes psicotécnicos e mais umas paneleirices dessas e pronto, tem a profissão escolhida. O Manoel de Oliveira teve de esperar que a inventassem.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Mass control

Este deve ser o campeão dos jogos de consola lá do sítio.

Image and video hosting by TinyPic

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Communal blood

Passos Coelho afirmou que era o mais africano de todos os candidatos. Acho que exagerou um bocado, duvido que tenha SIDA.

Let's call the whole thing off

O Passos Coelho ligou para o Palácio de Belém mas puseram a chamada em espera. Ninguém lhe passa cavaco, literalmente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Little smoke

O Zé Pedro vai fazer um transplante de fígado. Ao que parece, só ficou à frente do Jorge Palma na lista de espera porque este parou no caminho para comprar mortalhas.

Stompbox III

Quando se trata de bater os meus cocktails nunca deixo em mãos alheias. Deixo nas mãos do Michael J. Fox.

Stompbox II

A diferença entre eu e o Michael J. Fox a comermos sopa é que eu não entorno.

Stompbox

O meu cérebro é como o corpo do Michael J. Fox: imparável.

The snow is dancing

"Ena, tanta neve!" Foi o que eu disse quando fui pela primeira vez à Serra da Estrela e o que o nariz do Jel disse na after-party do Festival Eurovisão.

I can't face the music

Pára, Escuta e Olha é o nome do novo álbum do André Sardet e o total oposto daquilo que eu lhe aconselharia numa passagem de nível.

Youtube series XXXVI

É por estas e por outras que se tiver um filho não o vou deixar jogar consola ou usar um computador. Nem ser gordo. Nem ser asiático. Nem usar rabicho.




terça-feira, 10 de maio de 2011

Stick tight

Um claustrofóbico é alguém que não gosta de sítios apertados e fechados. Imagino que seja o tipo de pessoas que se dá com o rabo do Cláudio Ramos.

At the chime of a city cock

Filas e filas à entrada da CREL ou o nariz do Jel num sábado à noite, dá no mesmo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ill vision

Preto no branco é mais ou menos como o Cláudio Ramos vê as coisas nas noites africanas do Finalmente.

Hard boiled

Não sei se a cabeça da Alexandra Solnado também faz de panela de pressão mas aquele cérebro está todo cozido.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fake gold

Os mendigos são mais ou menos como o futebol feminino, as pessoas fingem que se interessam mas no fundo ninguém quer saber.

Yeeeah baby

Quando alguém diz que dormiu como um bebé quer dizer que acordou de duas em duas horas a chorar e que mijou a cama toda, não é?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

None

No Sábado passado utilizei uma casa de banho pública, não uma daquelas de meter moeda mas dum espaço público. Como não gosto e evito ao máximo acho sempre estranho quando acontece. É claro que foi para cagar ou segundo o pudor anglo-saxónico traduzido: fui fazer o número dois. Eu discordo totalmente desta atribuição. Se fosse eu a mandar, cagar seria sempre a actividade número um quando se trata de utilizar uma sanita. Não vale a pena perguntarem porquê, é um gosto antigo e sempre achei mais piada a cagar que a mijar (chamem número um a este se quiserem ser todos anglo-saxónicos como eu fui logo na terceira frase). Há algo de tremendamente ritualístico e agradável no acto de expelir o que de mais nojento há em mim. Literalmente. É o género de sentimentos que deve ter invadido a mãe do André Sardet depois do parto. Vejo o acto de cagar como todo um processo em que entrar é uma aventura e marcar hora de saída é simplesmente disparar no escuro. As pessoas que dizem "ah, eu cá não. Eu cá só lá estou 5 minutos e já está" ou limpam muito mal ou então não andam a viver a vida como o Tony Bennet a cantou. Do ritual pode fazer parte o simples assobio ou a leitura do que houver à mão (panfletos publicitários incluídos). Ou até a manutenção de uma selecção bibliográfica de uso exclusivo na sanita, tal como fiz há uns anos com as lidas e relidas pranchas dos senhores Watterson e Amend. Com o advento tecnológico as consolas portáteis e os jogos para telemóvel tornaram-se também eles bons e respeitosos companheiros na hora de largar o barro. Ainda assim, um clássico é um clássico e o bom e velho onanismo nunca passará de moda quando se procura algo mais ousado no momento de largar algum cocó. No entanto, falar em cocó na mesma frase que WC público é pôr em xeque todo este ritual. Nesse caso aquilo em que devemos concentrar os nossos esforços é já não na parte lúdica do arreamento do calhau mas sim na construção não só do ninho (que evitará barulhos mais estrondosos e água de esgoto nas nádegas) como de toda a fortaleza de camadas e camadas de papel higiénico sobre o tampo. O condicionamento pela falta de privacidade ou, pelo menos, pela falta de à-vontade em lidar com aquela que nos é concedida, mantém-se mas o papel higiénico e o esforço despendidos nesta fase pré-cocó darão toda uma nova sensação de conforto. Cagar fora de casa é como ter sexo junto a um cadáver: sabemos que não vai acontecer nada de mal porque, enfim, é um cadáver mas mesmo assim é desconfortável. É como o próximo governo se sentirá enquanto cá estiver o FMI. Poderão continuar a fazer merda à vontade (leia-se meter ao bolso, a.k.a. tudo aquilo que a generalidade dos portugueses tem vergonha de admitir que faria se partilhasse um lugar ao sol com os Sʳˢ Políticos. Sem tirar nem pôr, tal e qual como os Censurados lhes chamavam em 1990), mas sempre com o incómodo de olhar por cima do ombro, não vá estar alguém a ver. Mesmo com a porta bem fechada. Se estivermos sozinhos na casa de banho e o bom funcionamento do trinco estiver assegurado é possível gozar de alguma paz de espírito. Podemos até chegar a desfrutar do silêncio em que nos encontramos, apenas interrompido por um peido, um “plóque” ou o som de uma SMS ou de uma chamada cujo destino varia entre ser rejeitada e mais tarde retribuída dizendo que não ouvimos ou que o telemóvel estava sem som, ou atendida com tentativas vãs de disfarçar o eco que o cubículo faz. Porque por muito boa e moderna que uma casa de banho pública seja a acústica deixará sempre a desejar. Mas eis que oiço os fatídicos passos de um estranho a chegar ao outro canto do WC, qual cowboy justiceiro a entrar pelo saloon de esporas afiadas ferindo a madeira do chão empoeirado. Nesta altura já o tal silêncio se tinha tornado o meu pior inimigo. Foi o momento de ouvir um completo desconhecido a desapertar o cinto, a abrir a braguilha… eventualmente a tossir ou cuspir e, por fim… o mijo do urinador sem rosto começou a sair. E ali me encontrei, a ouvir cada gota de sabe-se lá quem, sentado numa sanita demasiado larga a comprimir todos os músculos que conheço e a desejar que o telemóvel não tocasse e o sr. Mistério do urinol a menos de 1,5m de mim descobrisse que ali estava outra pessoa. Talvez uma retrete largueirona seja o paraíso sanitário de qualquer ex-casapiano, marcado para todos los tiempos por uma soltura que só quem andou no mesmo carro que o Jorge Ritto conhece. Mas para quem, como eu, tem rabo de homem, sério e à antiga, tão fechado como a Coreia do Norte, uma sanita de tamanho regulamentar basta. É engraçado como nos preocupamos com o barulho que possamos fazer mas com a sombra dos nossos pés a dançar por baixo da porta - que insistem fazer com uma altura quase pornográfica para um sítio que se quer tão privado - nem por isso. Senhores designers de casas de banho públicas: uma porta é uma porta! Não é uma saia da Ana Malhoa. A difícil mas necessária decisão de cagar numa casa de banho pública, que até o momento estava a ser bastante suportável, e cuja demora não devia exceder, no máximo dos máximos, o quarto de hora, tornou-se de um momento para o outro num interminável pesadelo de vinte ou mais minutos. Foi assim o meu inferno pessoal no dia antes de descobrirem que, afinal, o Bin Laden não vivia numa caverna. Admito a desilusão. Já me tinha habituado à ideia dele gritar "Wilma, I'm home!" lá na língua derka berka derka deles cada vez que chegava ao lar-doce-gruta, e a tirar depois o cinto de caça que em vez de coelhos tinha infiéis, enquanto soltava um piropo todo dengoso à burqa da senhora dona Wilma.